Refletindo sobre a Cultura afro



Escultura de nome Tronco familiar

"Todo ser humano é fruto de várias culturas. E quanto mais mistura bem relacionada, mais humanos nos tornamos." (Manuel de Araújo Abreu, SVD)

     A frase dita pelo missionário acima sintetiza a escultura ao lado "Tronco familiar" criada por um artesão de Moçambique, em África, demonstrando que todo ser humano é da mesma espécie, de um tronco só, dentre a pluralidade cultural.

       Neste sentido, para o encerramento do ano letivo, os estudantes do ensino médio de algumas escolas estaduais da Diretoria de Jales, no noroeste paulista, a saber: Dr. Euphly Jalles (Jales), Orestes Ferreira de Toledo (Palmeira d´Oeste) e Oscar Antônio da Costa (S. Francisco), tiveram um desafio: associar o Dia mundial da Filosofia (17 de novembro), com o Dia da Consciência Negra (20 de novembro) e mais os temas relacionados a situação de aprendizagem desenvolvido em sala de aula em diversas linguagens.

     Lembrando o que disse Antônio Gramsci "Todos os homens são filósofos", ou seja, da linguagem do senso comum podemos filosofar sobre os problemas reais, os grupos apresentaram os trabalhos em linguagem não-filosófica. Assim, as competências adquiridas ao longo do ano transformaram-se em obras de arte, onde cada grupo demonstrou ser capaz de criar formas diferentes de discutir um mesmo problema.



Literatura infantil produzida por alunos



     O tema aprensentado pelas 1ªs séries foi: "Filosofia, cultura afro e direitos humanos". Na 2ª série, "Filosofia, cultura afro e tecnologia" e as 3ªs séries: "Filosofia, cultura afro e felicidade".



    Todos os grupos estão de parabéns, pois elaboraram: Histórias em quadrinhos, Literatura infantil, pintura, dança, teatro, música, escultura, jornal e documentários em slides de forma bem criativa e significativa, mostrando, assim, que todos, em particular, os negros, têm valor.

 



Cultura afro e direitos humanos
em história em quadrinho



Pintura em tela retratando cultura afrobrasileira,
pelos alunos do 3C da
EE. Orestes F. de Toledo



Apresentação dos slides
As igualdades na diferenças
pelas alunas do 1ºC da
EE Orestes F. de Toledo



Valorizando nossas verdadeiras raízes

   Um dos grupos de alunos da terceira série (3º 1) da EE. Dr. Euphly Jalles conseguiu compor uma música cujo tema foi Filosofia, cultura-afro e felicidade, relacionando a situação de aprendizagem: Filosofia e literatura, associando o conhecimento filosófico em linguagem poética.
   O título "Valorizando nossas verdadeiras raízes" condiz com o texto apresentado. Parabéns ao grupo que merece ser destacado.

"Tirados de sua terra / à força, escravizados / vieram pro Brasil / e foram menosprezados.
Como dizia Hegel / 'africano não tem história, nem alma, nem cultura' / Liberdade foi jogada fora.
Errado estava / por julgá-los assim / todo mundo é ser humano e merece ser feliz.
Felicidade / difícil de alcançar / mas sem perder a fé / por igualdade eles foram lutar.
Como a estrela cadente, o sonho se fez presente / no compasso do batuque de um tamborim valente
Liberdades alcançaram e agora estão aí / dessa vez a luta é outra: o preconceito que tem que cair.

Nos dias de hoje o que se busca é alegria / Aristóteles já dizia: 'felicidade é filosofia'.
Como alcançar? Devemos buscar. / Com força de vontade não será difícil de encontrar
Virtude é o que nos sobra, só nos resta usá-la /Com caráter e inteligência, é Platão quem nos fala
E com razão, ele cumpriu sua missão / ensinando cada um a ser um bom cidadão.
Tem gente que se diz que no mundo é infeliz /
mas que adiante reclamar se não faz nada pra mudar?
Porque pra ser feliz o ser humano necessita /
perceber que a vida é curta e o bem maior é o que se pratica.

Maracatu e Jongo, capoeira e cavalhada / são ritmos alegres que nos dão uma 'chacoalhada'
Pra perceber, que a Àfrica é rica / em cultura, história e alma, que nunca serão extintas
Assim como Vinícius, Caetano e Jorge Amado / devemos conhecer e tomar como aprendizado


Alunos da EE. Dr. Euphly Jalles: Laís, Jonathan e Tiago - 3º 1



Essa fortuna que faz parte da nossa história / e está presente sempre em nossa memória

E por aqui ficamos, deixando nossa mensagem
'Felicidade não é recompensa, e sim consequência'."

Dia Mundial de Filosofia II

     Neste Dia Mundial da Filosofia é mais uma data para refletirmos como vai a humanidade.

Como devo agir? O que devo fazer diante de situações embaraçosas para o indivíduo?



Abertura do IV Congresso Nacional de Filosofia
e Educação, em Ipanema-Rio, julho/2011.



     Pensando nisso, este ano foi realizado, também, o IV Congresso Nacional de Filosofia e Educação nos dias 15 e 16 de julho, em Ipanema, no Rio de Janeiro que apresentou reflexões sobre o jeito de filosofar.

     "Diálogos filosóficos" foi o tema central do Congresso que proporcionou tratar da interdisciplinaridade das várias áreas do saber: Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências Naturais, por meio de comunicações, conferências e oficinas.

     "O ver com o corpo e com a alma" foi um dos temas das oficinas que teve o objetivo de sensibilizar o nosso diálogo com o mundo que nos rodeia, com o nosso semelhante, demonstrando o quanto de paciência devemos ter conosco mesmo numa sociedade consumista, líquida... é necessário parar e pensar.



Conferencista Prof. Dr. Miguel Angel

     Filosofiar é refletir. Refletir é o movimento de voltar aquilo que foi pensado para pensarmos melhor. Por isso, pensemos sempre antes de agir para que nosso agir, nossa conduta nos melhore. Melhorando-nos mudemos o nosso interior e o mundo ao redor. "O mestre não deve nos levar a uma repetição, mas a um "maion", a uma criação inovadora", conforme citação de Nitzsche.

Dia Mundial da Filosofia

     O Dia Mundial da Filosofia, proclamada pela UNESCO, terá, nos dias 17 e 18 de novembro de 2011, lugar na Universidade dos Açores, em Ponta Delgada, Lisboa, em Portugal.



Logotipo do projeto
Filsofia em ação: pensar bem para bem viver

 

     Nesses dois dias, todos os interessados poderão participar do Colóquio Internacional denominado F3Ss - Filosofia: sentidos, sensações e sentimentos.

  



    O Colóquio conta com a participação de ilustres conferencistas, nacionais e internacionais, em que apresentarão análise filosófica, investigação e estudos sobre as principais questões contemporâneas de modo a responder mais eficazmente aos desafios com que a comunidade humana atual enfrenta e, pensar a universalização do ensino da Filosofia para as futuras gerações.



    



Da república ideal para a república brasileira

     Dia 15 de novembro comemora-se o dia de Proclamação da República no Brasil. Mas, o que é república mesmo? Segundo o dicionário Aurélio: "Forma de governo em que um ou vários indivíduos eleitos pelo povo exercem o poder supremo por tempo determinado".

     Se voltarmos a origem de nossa cultura ocidental lembraremos do filósofo grego, Platão (V a.C) que em busca de um Estado ideal escreveu seu livro A República, onde estabelece como fundamental para os  cidadãos governadores a educação da virtude justiça, acompanhada da prudência, da honestidade, da coragem, da temperança e tantas outras.

    Embora, a desigualdade de classes era um dos critérios concebidos pelo filósofo ateniense, com o passar dos séculos, Montesquieu, também influenciará na ideia de republica, preferindo pensar a vida política inspirado na ciência moderna, em que não mais a classe dos magistrados deveria ter o poder de tomar decisões, mas a classe emergente da revolução industrial, estabelecendo como critério três poderes, ao escrever O Espirito das leis. Assim, o poder soberano, baseada na liberdade e na igualdade estaria dividido entre todos. Para isso, também afirma ser a virtude fundamental para a democracia moderna, pois ela elimina a corrupção que nasce das atitudes egoístas do ser humano.

     Rousseau, então, irá sistematizar em Do Contrato Social a função dos três poderes de uma forma clara e precisa, o que acarreterá em princípios importantes para a consolidação da república francesa. Esta, então, depois de um centenário, influenciará uma ala de políticos brasileiros, que ainda no império de D. Pedro II, nasce a ideia de uma nação para "todos".

     De fato, com a derrubada do trono imperial, o movimento tenentista proclama em 15 de novembro de 1889 a República Federativa do Brasil, com o regime presidencialista, confirmado no plebiscito de 1993 após a redemocratização em 1988.

     Embora o país tenha se tornado uma república, ainda hoje impera no imaginário coletivo do povo brasileiro a monarquia quando constatamos os termos "o rei Pelé", "o rei Roberto Carlos", "rainha dos baixinhos", "Jesus é o nosso rei"... Na verdade, o povo brasileiro não foi preparado para a República, pois esta foi imposta, segundo os próprios historiadores registraram em livros. Aprendemos o que é república, pátria, cidadania na escola. Contudo, os pais (que já passaram por esta fase) devem, desde cedo, ensinar, também aos pequenos (e dar o exemplo) que tudo que é público deve ser respeitado, pois todos podem usufruir das coisas que todos pagam com os impostos e que fica, também, para as próximas gerações.

     Com a teoria de democracia justa de John Rawls (1921-2002), filósofo americano, a justiça social passou a ser a chave para o cumprimento de uma cidadania plena, em que todos de fato têm direitos e oportunidades garantidos pela Constituição Federal. Assim, sejamos brasileiros conscientes de nossos deveres para a construção uma nação justa, solidária e de paz.

Roma Antiga, Roma das artes e da fé

     Em visita à Roma, o cidadão contemporâneo constata a fusão helênica e os pilares greco-romana de nossa cultura ocidental, bem como a presença judaico-cristã.

   

Estátua cézar Adriano



Vaticano em audiência papal

  A influência dos clássicos gregos e romanos são visíveis na arte presente na arquitetura dos palácios, prédios, casas e, principalmente, igrejas. Impérios que deixaram suas marcas históricas, registradas a olho nu ao visitante que admirado relembra as aulas sobre       os      antepassados.

    

     Ao entrar em cada um dos museus, o olhar do indivíduo fica estarrecido com tanta sensibilidade expressa em telas, mármo-

res, madeira... Não se sabe onde olhar primeiro, se para frente, se para o teto ou para o chão. Tudo respira arte, manifestação do divino e da história.

                                                                                                 

 Museu do Vaticano

    / outubro 2011

Coliseu - Roma

Porém, por detrás de tanta grandeza histórica, civil e religiosa, podemos refletir sobre os seres humanos que tiveram suas vidas massacradas, torturadas e subtraídas do mesmo espaço cultural devido a truculência imperial, hoje submersas nas escavações ou catacumbas por causa da hegemonia da fé tanto pagã quanto cristã, como se sabe no Coliseu e nas Catacumbas.

Que toda crise européia hoje, seja sinal de novos rumos para a humanidade solidária e justa.

FILOSOFIA, CIÊNCIA E RELIGIÃO

     Filosofia, ciência e religião são ass três áreas do conhecimento tratados nesse terceiro bimestre nas terceiras séries.

     Às vésperas do ENEM, as competências e as habilidades desenvolvidas ao longo do curso do Ensino Médio são abordadas nas várias linguagens presentes nos diversos textos apresentados em sala de aula.
     As características de cada linguagem são fundamentais para compreender a metodologia utilizada por cada área.
     O filme Alexandria apresenta, de um modo extraordinário, os três tipos de discursos. A filósofa e astrônoma Hyparta (atriz Rachel Weisz), que lidera um grupo de discípulos na biblioteca de Alexandria, mudará o rumo da humanidade com sua investigação sobre os astros.

     A cidade de Alexandria, sob o domínio do império romano, sofre com uma das mais violentas rebeliões religiosas de toda história antiga, causada pela disputa do poder econômico por judeus e cristãos.

     Assista e reflita.

FILOSOFIA, ARTE E CULTURA LOCAL

    Após encerramento dos conceitos filosóficos estudados durante o bimestre sobre Filosofia da cultura e Filosofia da arte, os estudantes tiveram um desafio: apresentar de forma criativa a cultura local. Para isso tiveram que investigar as origens da sua cidade e, divididos em grupos, demonstrar em diferentes linguagens como foi o início da história da população.

     Conforme os grupos da escola Dr. Euphly Jalles, as linguagens diversificadas foram: literatura infantil, fotografia, dança, música, história em quadrinho, escultura, pintura.
     Os alunos foram muitos criativos e estão de parabéns.
     Estudantes da EE. Oscar Antônio da Costa, em São Francisco, investigaram os aspectos da cultura local, tais como: histórico, geográfico, econômico, político, religioso, cultural.
     Todos entenderam que a Filosofia é um conhecimento que faz parte, também, dos outros saberes, e, por isso, todos podemos filosofar.


                                              

 Grupos sobre a história de São Francisco

Aspectos da cultura da cidade de Jales

por alunos da 1a. da EE Dr. Euphly Jalles

BIMESTRE EM AÇÃO

     O terceiro bimestre está finalizando... As atividades foram tantas que o tempo ficou curto demais até para compartilhar as reflexões feitas, muito ricas, por sinal.
     Cada classe atuou em seminário, nas atividades em geral, na sala de aula, na escola.
     Os temas das primeiras séries do ensino médio trataram de política. Muitos alunos passaram a  compreender a importância de conhecer os conceitos estadistas e governistas, preocupados com as próximas eleições. Sinal que já estão preocupados com o exercício da cidadania plena.
     As segundas séries do ensino médio refletiram o Ser ético e as desigualdades sociais, concluindo que a educação é fundamental para a emancipação de uma sociedade justa e democrática.
     A democracia e a liberdade foram os focos da discussão em sala de aula das terceiras séries, em que ficou claro que o dilema entre liberdade e determinismo continuam presente na vida pessoal e na social politicamente falando.

     Parabéns a todos que dedicaram-se. Algumas imagens registradas vão falar por si.

                                         Apresentação de cartaz sobre tema de seminário na 3a. EM
                                       da EE. Dr. Euphly Jalles - 2011

                                        Alunos da 2a. EM da EE Orestes Ferreira de Toledo,
                                        em apresentação de seminário -2011

Seminário de Filosofia: obras filosóficas

Alunas da EE. Oscar Antonio da Costa apresentam a obra Metafísica do amor, de Schopenhauer

  

     Geralmente, os alunos da primeira série ensino médio, quando ouvem a palavra "seminário" se espantam. Alguns acham que é coisa de quem quer ser seminarista (que se prepara para ser padre), outros acham que é algo muito difícil de se fazer. Mas, após explicações do objetivo, roteiro e indicações para leitura de pesquisa, os mesmos passam a fazer o exercício de falar sobre temas já estudados por outros alunos que se tornaram clássicos.

     No primeiro bimestre, as apresentações foram tímidas e cheias de dúvidas quanto aos períodos da História da Filosofia, pois o panorama filosófico era muito grande para um intelecto adolescente acostumado apenas a ouvir músicas ou estórias sentimentais ou sensacionalistas, estimulando bastante a área da imaginação.

Alunas da EE. Orestes Ferreira de Toledo relacionando as religiões com as idéias de Kant

     Contudo, o desafio do segundo bimestre foi ler obras escritas pelos próprios filósofos (Apologia de Sócrates, O Banquete, Metafísica do amor, Da morte, Do sofrimento do mundo, Desespero Humano, Meditações, Deveres e outros) para aprender e a  exercitar como pensar nos problemas de época, buscar investigar aquilo que quase ninguém percebe, suas causas, origens e passar a conceituar, ou seja, a representar aquela atitude, aquele comportamento tão comum ao ser humano. Lançado o desafio, os grupos começaram a ler obras não literárias, mas sim, filosóficas observando: qual o PROBLEMA do filósofo ao escrever tão livro e que CONCEITO ele criou em suas considerações finais. O que ele disse de diferente dos outros, com quem ele DIALOGA ao escrever.

     Assim, quem lê e expõe seu trabalho em cartaz demonstra que é capaz de expressar-se oralmente e, também criar conceitos novos para problemas atuais em nosso mundo.

    A todos que apresentaram os trabalhos estão de parabéns. Continuem lendo as dissertações dos filósofos que vocês vão longe...

                  Alunos da EE Dr. Euphly Jalles apresentando a obra O Banquete, de Platão

Concurso de Filosofia

     Em 2010, após o edital do concurso para professores do estado de São Paulo em várias disciplinas ter sido anunciado, muitos licenciados participaram do exame pleiteando uma vaga no magistério paulista.

    O concurso na área de Filosofia foi uma conquista da categoria de filósofos no Brasil que exigiu o cumprimento da Lei e Diretrizes de Base da Educação Nacional Nº 9.394/96 pela obrigatoriedade do Artigo 36. Houve um movimento de reivindicação dos filósofos e dos estudantes de Filosofia na USP, da UNICAMP e UNESP unidos com outras universidade federais e estatais, em 2001, que voltasse a disciplina para o ensino médio na escola pública para a melhoria da qualidade de ensino e, principalmente, pelo direito do exercício da cidadania num país como o Brasil que estava reiniciando a democracia, depois de trinta anos de ditadura.

     Na ocasião, o presidente era o FHC que sancionou a lei junto com o ministro da educação, Paulo Renato atendendo a interesses políticos partidários de época e não o da educação nacional. Com as mudanças políticas, o estado de São Paulo, só abriu edital para concurso na rede pública depois de doze anos (1993 a 2005), sendo que as escolas particulares estavam com sua grade curricular mais avançadas. 

    O último concurso foi muito concorrido, como em todas as outras áreas e difícil, pois além de exigir conhecimentos da legislação e da área pedagógica é imprescindível o conhecimento específico. Assim, o candidato demonstra dominar os conceitos e situações-problemas que deverá abordar ao longo de sua carreira em sala de aula. Os que foram aprovados estão mais esperançosos, pois muitos já davam aulas de Filosofia como temporários, sem os plenos direitos de um professor titular efetivo.

     Desde o segundo semestre do ano passado (2010) a Secretaria de Educação do  estado de São Paulo começou a convocar os aprovados, respeitando a classificação. Este ano, mais aprovados foram convocados a comparecer para escolha das vagas disponíveis no estado dividido em capital e interior.

    Da Diretoria de Jales foram nove candidatos que juntos comemoraram a primeira etapa comparecendo ao edital de convocação. Agora, no segundo semestre deste ano, terão que fazer um curso de formação e, novamente, prestar exame para se tornarem efetivos de fato. Com execção da professora Terezinha, já efetiva em concurso de anos anteriores, os demais estão na maior expectativa, porém, confiantes. Parabéns aos filósofos que apesar dos pesares procuram manter a ética sempre para o bem de toda a cidadania e, estimulando jovens a se dedicarem ao maior patrimônio da humanidade, o exercício do pensar, isto é, do filosofar.

         Professores da aprovados em concurso de Filosofia do estado de São Paulo dadiretoria de Jales

Estágio em Filosofia

     Como todo curso acadêmico, o de Filosofia também tem seu período de estágio como parte da preparação do profissional para o mercado de trabalho. No caso, da licenciatura em Filosofia, o acadêmico, do curso de graduação, faz o estágio em uma escola, onde observa a didática das aulas, o dia a dia de uma escola, desde sua administração até o domínio de classe. Foi o que fez, ao longo de dois semestres, a estagiária Silvia que acompanhou os alunos do ensino médio da EE. Dr. Euphly Jalles junto com a professora de Filosofia, Terezinha.

                                                                              Estagiária acompanhando estudo de alunos na biblioteca

Professora e estagiária conversando sobre livro didático de Filosofia

                                               

     No início, Silvia ficava só na observação, mas com o tempo participou, também, das atividades tanto de

classe como extra-classes com alunos, horário de trabalho pedagógico coletivo e em reunião de pais, tendo, assim, uma noção do compromisso docente perante os estudantes que são cada vez mais exigentes quanto a postura do professor em sala de aula.

Prof. Ricardo, estagiária Silvia e profa. Terezinha na EE. Dr. Euphly Jalles

    Os alunos receberam bem a estagiária Silvia que chegou a emocionar-se com algumas apresentações de obras filosóficas em seminário bimestral. Agora que terminou o seu curso de Filosofia feito pela Universidade Pontifícia Católica de Brasília, que tem pólo em Uberlândia, após entrega da monografia final, desejamos que tenha sucesso na futura carreira.

    Um grande abraço!

   

Cidadania e comportamento ético do indivíduo

Alunos do ensino médio, noturno, da EE. Dr. Euphly Jalles, 16/05/2011

      A palestra sobre cidadania e o comportamento ético do indivíduo, ministrada pelo ilustríssimo dr. Evandro Pelarin, a convite dos professores de Filosofia da EE. Dr. Euphly Jalles, para os alunos do ensino médio e professores do noturno foi brilhante.

     A participação atenta dos jovens foi exemplar, e, por isso, damos os parabéns. Foram abordados assuntos pertinentes ao nosso cotidiano quanto a responsabilidade dos pais e adultos na sociedade, drogas e a "ética do boné".

     A escola agradece a disponibilidade do palestrante que veio de Fernandópolis para prestar um serviço essencial à juventude, esclarecer como o comportamento ético deve ser refletido sempre, pensando nas consequências sociais.

                                         Dr. Evandro Pelarin, Profa. Terezinha, Prof. Ricardo e a diretora em exercício, Helena, no dia da palestra na EE. Dr. Euphly Jalles com alunos do ensino médio, noturno em 16/05/2011

A Filosofia como uma reflexão

Artigo de opinião de encerrando da situação de aprendizagem 4: A linguagem e a língua como características que identificam a espécie humana", (vol.1) escrito por Tamires Mingoranci Dias, 3a. série EM, EE. Oscar Antônio da Costa.

  "A língua filosófica é uma contextualização para a reflexão da razão. Através das agressões de palavras, de acordo com Platão, a filosofia ou o exercício da reflexão pode ajudar no enfrentarmento da língua.
    A língua como 'veneno' é relativa ao discurso irônico, agressivo, provocado de afastamentos e repleta de discórdias e mágoas.

   Em relação a língua como 'remédio', refere-se aos bons conselhos, onde apenas se fala a verdade,  um ato de perdão [...]

    A filosofia pode auxiliar a encontrar melhor o campo da reflexão; pode ajudar na colocação de perguntas que levam para a compreensão sobre as melhores soluções para essas diferenças."
              Refletindo a língua como  'cosméstico', parabenizo Tamires e  a todos os alunos que compreenderam a habilidade de falar e de corrigir-se quando for necessário para que a comunicação, entre os seres humanos, seja harmoniosa, criando um clima de paz e felicidade.

A Filosofia aos olhos da sociedade

     "O preconceito, desde os primórdios da humanidade, sempre se fez presente entre os homens. É fruto da intolerância aplicada àqueles que se empenham em dar opiniões distintas das que são consideradas padrão ou que diferem das demais por outros motivos.

     Podemos citar como exemplo o ocorrido com Sócrates, um importante representante da filosofia grega antiga, que foi condenado à morte por defender ideias tidas como desnecessárias e absurdas para a sociedade da época.

     Além disso, não podemos considerar o que ocorreu com Sócrates, um caso isolado, uma vez que, a filosofia e seus seguidores ainda são alvos de preconceitos, pois existem aqueles que a criticam por considerá-la tão complexa a ponto de ser banal. 

     Essa visão distorcida que a sociedade ainda tem da filosofia deve ser mudada, pois é através de suas indagações que se chegam às respostas para os mais variados temas da humanidade. Essa mudança de ponto de vista pode ser alcançada por meio do estímulo a leitura e interpretação de textos, pondo um fim à ignorância."  

(Texto elaborado por Jaine Carla Leme, aluna da 3ª série do EM da EE Dr. Euphly Jalles, após situação de aprendizagem sobre O preconceito em relação à Filosofia, do Caderno do aluno, pag. 18).

O preconceito e a Filosofia

     "Por ser filósofo um questionador da verdade, ocupado com seus pensamentos e teorias, lhe fora criado uma imagem preconceituosa, por pessoas que não compreendem a verdade e desenvolvem um conceito desprovido de fundamentos.

     Através da comédia, a sociedade começa a criticar os filósofos. A respeito de Sócrates construiu-se a imagem de alguém que anda nas nuvens, preocupando com assuntos alheios ao cotidiano das pessoas.

     Enquanto, na verdade, a Filosofia busca compreender a essência da vida, através de suas reflexões que são constantemente aperfeiçoados e cada vez mais, se aproximam da verdade, alem de contribuir para o desenvolvimento do homem.

    Como nos coloca Gustavo Ioschpe [em seu artigo "Errar é humanas], poderíamos ser ignorantes de todas [as] teorias filosóficas que nos foram apresentadas até agora se pudessemos tomar nossas próprias conclusões." (Texto elaborado por Leandro J. Rodrigues, 3ª. EM, EE. Oscar Antônio da Costa, conforme enunciado do exercício da página 18 do Caderno do aluno- 3ª série-Volume 1, 2011).

Leandro (sentado na primeira carteira, de costa, à direita,

 na classe da 3ª série EM da EE Oscar Antônio da Costa) 

O projeto Construindo a Nação

      Mais uma vez, a EE Oscar Antônio da Costa, de São Francisco, dentre outras, foi classificada pelo Instituto da Cidadania, no projeto Construindo a Nação.
    Agradecemos a Diretoria de Ensino de Jales que proporcionou as passagens de ida a São Paulo e a volta às professoras que foram representar a Unidade Escolar: a diretora em exercício Profa. Lourdes Esquina e a Profa. Terezinha e participarem da cerimônia na Sala São Paulo, na Estação Júlio Prestes, no dia 14 de março do corrente ano, onde a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo fez várias apresentações na presença de autoridades, como o prefeito da cidade de São Paulo, o representante do secretário da Educação do Estado de São Paulo, deputados estaduais e demais  parceiros com o Instituto da Cidadania.

     Todos os alunos, os professores e os coordenadores além da escola da família envolvidos nas ações pedagógicas, que contribuíram para a classificação do projeto "Bola que gira, mente que brilha", estão de parabéns pela terceira vez.

                          Sala São Paulo, na estação Julio Prestes, em São Paulo no dia 14/03/2011.

Diretora em exercício, Lourdes Esquina e a Prof. Terezinha representando a EE. Oscar Antônio da Costa, no hall da Sala São Paulo, homenageada pelo Instituto da Cidadania. Acesse: http://www.institutodacidadania.org.br/

ELA, MÁRTIR, GEME.

Como todo ser vivo ela sente...
Como toda criatura ela consente que...
a abracem,
a amem,
a fecundem,
a reproduza,
cresça e viva
na profundeza do mistério da vida
Pois ela está sempre pronta.
Deixa-se "abrir" pelo coração;
Deixa-se "acariciar" pelas mãos;
Deixa-se "amassar" pelos pés;
Deixa-se "dominar" pela cabeça.
É cercada de tanta atenção
que com o tempo começa a ambição.
Uns a procuram por causa do pão;
Outros fogem por causa da exploração.
Seu verde perde o brilho...
Seu seio racha e sangra
começa o delírio.
Ela geme de dor;
Banhada, treme, perde a cor.
Parte-se sem querer todo o seu ser.
Muitos caem no seu grito:
"Sou criatura do Criador!
Tenho direito ao amor!
Faço parte da natureza;
Por isso, tenho a certeza
De que mulheres e homens
Verão surgir uma nova era,
Porque eu sou a TERRA."

                                             Poema de Maria Terezinha Corrêa,
                                (criado em 03/09/1986, publicado no livro Mosaico em 1997)

A Filosofia e as filosofias

     Todos sabemos que a Filosofia vem do grego e, segundo a tradição, Pitágoras ao ser perguntado se era sábio disse apenas que tinha "amor à sabedoria" ou que era "aquele que é amigo do saber". A partir daí, "filósofo" passou a ser todo aquele que é amigo do saber.

   Tendo em vista que os jovens têm sede de saber o porquê das coisas, podemos considerar que, intrisecamente, são capazes de filosofar. Por isso, é necessário conhecer os mestres da arte de pensar, de questionar, pois há mais de dois mil e quinhentos anos eles têm nos ensinado métodos racionais rigorosos, radicais e sempre associados a todas as áreas do conhecimento. Os exemplos abaixo demonstram que o filosofar e o ensino da Filosofia devem caminhar juntos, pois, assim, os estudantes desenvolvem o senso crítico, relacionando os temas das obras filosóficas com a realidade atual.

    Desde os pré-socráticos até os filósofos atuais, inclusive brasileiros, as filosofias têm buscado solucionar problemas de época importantes para a humanidade. As transformações foram e são muitas, mas, ainda, são necessárias para a evolução tanto intelectual, quanto ético-social da sociedade.

Alunas da 1a. série EM da EE Oscar Antônio da Costa - São Francisco/SP

O seminário sobre História da Filosofia apresentado pelos alunos do ensino médio constatou como os pensadores são importantes até hoje para o desenvolvimento do conhecimento humano e universal. Parabéns a todos os grupos que se empenharam em ler e apresentar os mestres com seriedade.
Aos que terminaram a educação básica, muitas felicidades em suas emprentadas acadêmicas e vidas pessoais.

       Grupos sobre Pré-socráticos da 3a. série do EM da EE Oscar Antônio da Costa - São Francisco/SP

               Alunos da 1a. série EM da EE Orestes Ferreira de Toledo - Palmeira d`Oeste/SP

DE VOLTA ÀS AULAS PARA SER ESTUDANTE.

De volta às aulas, muitos estudantes chegam entusiasmados para aprender, as escolas com seus professores para compartilhar técnicas, métodos importantes e necessários à sociedade. Então, paremos, mais uma vez, para refletir sobre ser estudante, que até data de comemoração tem durante o ano letivo.

Há certas coisas na vida que ninguém nos ensina, porque a própria natureza se encarrega de acionar o "automático" quando necessário para a nossa sobrevivência. Alguém precisou ensinar a um bebê como chorar quando sente fome? Ou a sorrir, quando sente cócegas? Mas, quem ensina a controlar as nossas emoções, nossa vontade? Pensou? Se pensar usou a Razão. Portanto, a Razão é a mestra. Ela nos ensina o que, por quê, como e quando devemos agir de modo correto, ou seja, a sermos virtuosos.

Em Apologia de Sócrates, lemos a fala do mestre grego "Por toda a parte eu vou persuadindo a todos, jovens e velhos, a não se preocuparem exclusivamente, e nem tão ardentemente, com o corpo e com as riquezas, como devem preocupar-se com a alma [a Razão], para que ela seja quanto possível melhor, e vou dizendo que a virtude não nasce da riqueza, mas da virtude vem, aos homens, as riquezas e todos os outros bens, tanto públicos como privados." Então, para ser estudante é necessário alguns pré-requisitos, por exemplo, querer aprender.

Para aprender é preciso ouvir, observar. Essa motivação deve ser uma pré-disposição do ser estudante, que estimulado pela realidade deve ser curioso. Com sua busca em aprender, sua curiosidade transforma-se em descoberta. Descoberta que abre sua Razão, sua mente para novas possibilidades, outras experiências que o torna um ser criativo, inventor. Assim, o ser estudante inventa arte, tecnologia, leis, e, até novos métodos de filosofia. Aquele que descobre, cria, (re)inventa, conceitua, transforma a realidade em algo melhor, busca o bem comum, pois todos que estudam partilham suas descobertas, produzem conhecimentos afins a toda a humanidade.

Será que a nova geração está sendo preparada para ouvir? Para "engolir o choro" quando quer porque quer? Aprender a virtude com a Razão? Onde está a Razão?

A Razão está dentro do ser estudante, jovem ou velho, que queira aprender, pois ser estudante é: ser ouvinte, humilde (reconhecer-se ignorante), curioso, participante, descobridor, criativo, inventor, transformador da realidade, enfim, discípulo e sujeito da Razão.

Consciência negra e filosofia

Refletindo com BERTOLD BRECHT e os alunos da EE. Orestes Ferreira de Toledo sobre a afro descendência no Brasil ; houve apresentações através de pintura, dança e poema num evento em 26 de novembro de 2010:




"Primeiro levaram os negros

Mas não me importei com isso

Eu não era negro.

Em seguida levaram alguns operários

Mas não me importei com isso

Eu também não era operário.

Depois prenderam os miseráveis

Mas não me importei com isso

Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados

Mas como tenho meu emprego

Também não me importei.

Agora estão me levando

Mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém

Ninguém se importa comigo."

DE VOLTA ÀS AULAS E SER ESTUDANTE

De volta às aulas, todos vêem muitas expectativas, fazem propósitos de melhor desempenho durante o ano letivo e buscam aprimorar seus conhecimentos ou, até mesmo, recuperar o que ficou para trás.
Nesse momento de decisão em iniciar um novo ano - 2011 - o que não pode ser esquecido é a DISCIPLINA. Ela é importante para alcançar qualquer meta que se almeja. Por isso, a disciplina de Filosofia procura em suas origens demonstrar o quanto é importante o ser humano educar-se nos valores mais nobres, mais íntimo de nossa alma, de nossa razão, aprendendo a ser estudante. Mas, o que é ser estudante mesmo?
Se revermos alguns artigos já postados neste blog, veremos que alguns requisitos são necessários como, além do observar os "Dez mandamentos do bom estudante", o ouvir, o fazer, o compartilhar com os da classe e da escola, sem preconceito, sem bullying é o melhor negócio empreendedor para o crescimento sustentável de nossas vidas presentes e futuras.
Aos veteranos, bom recomeço. Aos iniciantes, bem-vindos às aulas, ao universo do conhecimento de si e do mundo.