Neste ano de 2020, com a pandemia, milhões de pessoas no mundo partiram por causa do Covid 19, uns, com idade avançada, outros ainda jovens, além dos que se foram por causa de outras doenças, ou por causa da violência na sociedade ou por motivos diversos. Não sabemos a hora que vamos. Mas, um dia acontece. Pode ser a qualquer momento. Muitos acreditam que somente na velhice se deve pensar no assunto. Porém, o tempo não nos pertence. E por isso, cada instante deve ser vivido com intensidade no bem, na prática da virtude.
Dia dois de novembro. Dia de finados. Para os que acreditam em vida após a morte, costumam prestar homenagem aos seus antepassados. “Finados”, “falecidos”, “desencarnados”, “espírito”, “alma”, enfim, os entes queridos que se foram desta vida para outra tornam-se presentes em nossas memórias.
Todos geralmente têm algum parente, vizinho ou amigo próximo que já partiu. Mas em sua memória “cultuamos”, em nossos corações, lembranças vividas de momentos significativos e inesquecíveis.
Na Grécia Antiga, a morte já era um assunto filosófico. Pitágoras, Sócrates, Platão entre outros pensadores defendiam a imortalidade da alma, e por isso, a busca pela prática das virtudes é vista como única certeza que levaremos conosco para a vida futura após nossa despedida terrena. Alguns definem esse fenômeno como a separação de átomos do corpo, deixando a alma livre, conforme Epicuro (341 a..C – 271 a. C). Cícero (I a. C) e Sêneca (65 d. C), influenciados pelos seus antecessores tratam da passagem da velhice e da brevidade da vida reafirmando a importância de uma conduta ética. Arthur Schopenhauer, (1768-1860) resgatará o assunto ao escrever em sua obra Da morte que o ser humano é o único dentre os animais ter consciência de sua finitude terrena.
Independente da simbologia que
utilizarmos para homenagear os nossos antepassados, o Cristianismo nos deu a
certeza que a morte não existe, pois Cristo venceu a morte. E ainda disse que
“na casa do meu Pai há muitas moradas”. Então, confiemos que um dia todos nós
nos encontraremos na eternidade.
Para os que aqui estão neste "vale de lágrimas" tenhamos coragem para continuarmos a vida sempre na esperança, na
fé e na prática do bem a caminho da liberdade e da verdade.
Um texto de Henry Scott Holland citado por Santo Agostinho
diz: