sábado, 26 de março de 2011

ELA, MÁRTIR, GEME.

Como todo ser vivo ela sente...
Como toda criatura ela consente que...
a abracem,
a amem,
a fecundem,
a reproduza,
cresça e viva
na profundeza do mistério da vida
Pois ela está sempre pronta.
Deixa-se "abrir" pelo coração;
Deixa-se "acariciar" pelas mãos;
Deixa-se "amassar" pelos pés;
Deixa-se "dominar" pela cabeça.
É cercada de tanta atenção
que com o tempo começa a ambição.
Uns a procuram por causa do pão;
Outros fogem por causa da exploração.
Seu verde perde o brilho...
Seu seio racha e sangra
começa o delírio.
Ela geme de dor;
Banhada, treme, perde a cor.
Parte-se sem querer todo o seu ser.
Muitos caem no seu grito:
"Sou criatura do Criador!
Tenho direito ao amor!
Faço parte da natureza;
Por isso, tenho a certeza
De que mulheres e homens
Verão surgir uma nova era,
Porque eu sou a TERRA."

                                             Poema de Maria Terezinha Corrêa,
                                (criado em 03/09/1986, publicado no livro Mosaico em 1997)

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