domingo, 8 de dezembro de 2013

Novembro étnico-racial

 
 
Cartaz em mural étnico na EE. Orestes Ferreira de Toledo
novembro 2013.
 
       O mês de novembro foi muito significativo para o processo de ensino e aprendizagem entre os alunos da E.E. Orestes Ferreira de Toledo, situada em Palmeira d´Oeste-SP, bem como nas unidades escolares da Diretoria de Ensino de Jales, pois o tema estudado nas situações de aprendizagem do volume 4, da área de Ciências Humanas foi sobre a questão étnico-racial e suas consequências sociais.


 
     De acordo com a Lei 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e africana na educação básica, para assegurar o direito à igualdade e à cidadania, as atividades pedagógicas deste bimestre, tanto nas disciplinas de Filosofia quanto de Sociologia, em conjunto com História, refletiram sobre o porquê e como acontece o preconceito, a desigualdade racial e a discriminação, produzindo, assim, um mural étnico-racial exposto no pátio da escola para despertar nos demais colegas da Unidade a necessidade de conscientização.
 

Mural com cartazes confeccionados pelos
alunos do Ensino médio sobre a questão
étnico-racial. Novembro, 2013.
     Para não ficar apenas nas atividades, geralmente, "folclóricas" do assunto abordado, os alunos do ensino médio, divididos em grupos, confeccionaram cartazes com a preocupação de alertar e denunciar discriminação, preconceitos que só geram violências, tanto físicas quanto psicológicas, em suas vítimas.
 
 
Todos sabem que o racismo gerou ações extremamente condenáveis, irracionais, a ponto de exterminar milhões de pessoas, como aconteceu com os índios ao serem escravizados e com os negros africanos trazidos para o Brasil, na época colonial, vendidos como mercadorias; no século passado, durante as Guerras Mundiais, com o povo judeu. E, ainda, hoje, em alguns lugares, acontece com os ciganos e várias outras etnias.
 
 
O preconceito gera violência. E o que é "pre-conceito"? O termo já diz: ideia ou crença antecipada de algo ou alguém que não se conhece. Como consequência surge a discriminação que, segundo GUIMARÃES (2004, p.18) "quando a ideia de raça faz com que as pessoas recebam tratamento diferencial", gerando segregação e desigualdades raciais, a exemplo do que aconteceu na África do Sul conhecido como Apartheid.
    
     O termo "raça" é uma palavra que em Biologia significa "indivíduos distintos no interior de uma espécie" (BARBUJANI, A invenção das  raças. 2007), o que não é o caso do ser humano, pois somos todos da mesma espécie. A mudança está nas características acidentais (cor de pele, dos olhos, do cabelo, jeito de andar, nos costumes). Daí, devemos utilizar o termo da Antropologia, "etnia", que quer dizer "origem de um povo" (afro, asiático, indígena, branco).
    
Advogado Sr. Arnaldo dos Santos em
palestra sobre Código Penal em relação
aos tipos de crimes e violências, para
os alunos do Ensino médio da
EE. Orestes Ferreira de Toledo, nov/2013.
     Por isso, desde 1988, nossa Constituição Federal estabelece crime inafiançável qualquer discriminação racial, conforme Artigo V, inciso XLII e XLIII. Então, para esclarecer melhor como deve ser nossa conduta cidadã e evitar cometer crime, mesmo de brincadeira, o advogado Sr. Arnaldo dos Santos ministrou uma excelente palestra sobre crime e os tipos de violências.
   
     Além disso, o filme "Vista minha pele" de Joel Zito de Araújo
foi uma ótima reflexão para o relatório final do projeto "Filosofia
em ação. Pensar bem para bem viver", além de outras atividades de combate ao bullying na escola.

Advogado Arnaldo dos Santos, professora mediadora Aparecida
e grupo de alunos do 2B EM após palestra; nov/2013.

 

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De volta ao Filosofia em ação. Pensar bem para bem viver

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