quinta-feira, 25 de abril de 2019

Filosofia e poesia

   Pelo Planeta onde vivemos, aproveito para compartilhar minha preocupação com as estatísticas sobre o tanto de lixo e depredação no meio ambiente. A indústria criou muito lixo, que somado a má educação das pessoas só aumenta a poluição.

     Os últimos acontecimentos visto através da mídia, demonstrando o desmatamento na Amazônia, a invasão de áreas consideradas reservas ambientais, desvios de rios de terras indígenas ou de pequenos proprietários para o agronegócio, a ambição imobiliária, ocupação em áreas de risco, pesca predatória entre outros fatos, são retratados no poema de minha autoria "Ela, mártir, geme", que teve seu primeiro lugar em 1986, num concurso de poemas em São Paulo.


     ELA, MÁRTIR, GEME.

Como todo ser vivo ela sente...
Como toda criatura ela consente que...
           a abracem
           a amem
           a fecundem
           a reproduza
           cresça e viva
          na profundeza do mistério da vida.
Pois ela está sempre pronta.
Deixa-se "abrir" pelo coração;
Deixa-se "acariciar" pela mão;
Deixa-se "amassar" pelos pés;
Deixa-se "dominar" pela cabeça.
É cercada de tanta atenção
que com o tempo começa a ambição.
Uns a procuram por causa do pão;
Outros fogem por causa da exploração.
Seu verde perde o brilho...
Seu seio racha e sangra, começa o delírio.
Ela geme de dor;
banhada, treme, perde a cor.
Parte-se sem querer todo seu ser.
Muitos caem no seu grito:
"Sou criatura do Criador!
 Tenho direito ao amor!
 Faço parte da natureza!
 Por isso, tenho a certeza
 De que mulheres e homens
 Verão surgir uma nova era
 Porque eu sou a TERRA."


Troféu de 1º lugar em concurso de poesia
São Paulo, pelo poema "Ela, mártir, geme"
 setembro de 1986.

Preservemos a vida em todas as suas dimensões.

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