O título acima foi uma produção textual elaborada sobre o tema corrupção, no vestibular de 2006 da Universidade Federal de Tocantins - UNITINS, quando pleiteava uma vaga em Pedagogia. Diante da atual conjuntura política brasileira, o texto apresenta reflexões que possam auxiliar a pensar na questão.
Infelizmente, no Brasil, a corrupção é um dos males presentes na vida da sociedade. O escândalo do mensalão ou esquema de compra de votos de parlamentares denunciado pelo ex-deputado Roberto Jefferson, em junho do ano de 2005, demonstra o quanto o país é prejudicado por atos desonestos de grupos interesseiros, danificando, assim, a vida pública.
"Ah, mas isso é uma 'doença sem remédio', dizem alguns. Ou é um inimigo a combater? A segunda opção é mais desafiante.
Para que possamos combater a corrupção, em primeiro lugar é necessário que cada indivíduo se conscientize de seu papel de cidadão. Isto é, não adianta somente a maioria dos brasileiros condenar a corrupção se não educar-se para a questão ética, o que implica naqueles valores morais como: honestidade, lisura, responsabilidade e outras atitudes tão necessárias para uma política saudável, como já recomendavam os filósofos clássicos desde os socráticos a filosofia contemporânea. A virtude perpassa por toda ciência política, que conforme Montesquieu em sua reflexão sobre a república é fundamental para combater atitudes antiéticas.
Entretanto, "o jeitinho brasileiro", muitas vezes, gera a corrupção a partir de atos pequenos, chegando nos grandes, como exemplo, no momento de se votar nos projetos de interesse da nação brasileira favorecesse-se familiares ou amigos. Por isso, é importante, num segundo momento, como "remédio" para a corrupção, tratar de uma parte da natureza de nossa sociedade corrigindo-a por meio da ética e da cidadania, que devem ser ensinadas desde a infância.
Assim, escândalos como do mensalão e outros vistos pela mídia (autoridades recebendo propinas, desvios de verbas, fraudes etc) deveriam desaparecer e construir-se uma política realmente para o bem comum e, não apenas para alguns que utilizam o Estado para favorecer interesses particulares, sacrificando milhões de brasileiros. Estes, por sua vez, ao votarem em seus representantes honestos estarão combatendo a corrupção.
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